domingo, 20 de fevereiro de 2022

O corpo presente e ausente






Paredes Y adelas - acasadosfotográfos




















Dança é expressão teatral.Como já disse em vários de meus posts.Dança é encenação. Se não há conteúdo a transmitir pela emoção, pela expressão corporal, pelos sentimentos não me interessa estar envolvida com dança. Mas como encontrei no flamenco a possibilidade de me expressar com sonoridades e silêncios como no teatro por esta dança a abracei.











Dançar com os acessórios flamencos como abanico,chapéu,mantón e bata de cola  exige por parte dos alunos e alunas disciplina, esforço, atenção e muita paciência para treinar e repetir até a exaustão os exercícios praticados em sala ao lado de seu professor. A bata de cola é um acessório e um complemento feminino que embeleza não só o baile como o figurino flamenco.Os homens também dominam com muito talento, criatividade e elegância este acessório flamenco que antes era um privilégio só das mulheres. Bailaores que dominam a BATA DE Cola David Gutiérez,David Romero e Manuel Linan.



Eva Yerbabuena - a cuatro voces

Eva Yerbabuena é a bailaora que mais me inspira.Uma das poucas que sabe desfrutar e coreografar pelo cante flamenco. Os melhores shows e espetáculos de flamenco tem cante e baile em perfeito equilíbrio.Detesto muito barulho.O taconeo tem que ter seu momento no baile, assim como o cante e a guitarra.







Empreender transforma 2

Atuar e dirigir meus próprios projetos é a possibilidade que encontrei de buscar conhecimento e experiência prática contínua em teatro. E viver de minha arte. Vivências que vão agregar mais valor ao meu trabalho como diretora e atriz e profissional de teatro e flamenco. Gosto de desafios. E vencer obstáculos. Estou sempre lendo, estudando e me aperfeiçoando. Quero crescer mais  na área teatral e terei humildade para aprender o que ainda não sei. Reconhecimento  e visibilidade só vem com trabalho árduo e estudo. Por este motivo me entrego sempre 100 por cento em meus projetos. Acredito que de todas as artes cênicas  o teatro é o veículo que mais possibilita o embate  entre o homem e a sociedade. É o principal espaço de OPOSIÇÃO. É o espaço sagrado onde nós artistas podemos fazer críticas,oposição e dizer não.  


De novo, vou falar de teatro. Porque amo tanto fazer teatro, e o que o teatro representa em minha vida. Para trabalhar com teatro você não pode ter “medo”. Não pode ter “frescura”. É entrega. É sacrificio. É doação. É disciplina. Como o corpo é nosso principal instrumento de trabalho, atores devem estudar continuamente para adquirem a técnica. Para desenvolverem uma técnica de atuação. Como na vida, a arte também está evoluindo constantemente em idéias,valores e convicções. Fazer arte é um desafio permanente, e nós artistas vivemos em constante mutação. 



 


O teatro é uma profissão essecialmente “prática”. Atores precisam estudar e se aperfeiçoarem continuamente. Como atriz eu preciso de experimentação e exercício cênico. Preciso aguçar minha sensibildade artística e  este aperfeiçoamento só vou conquistar se estiver estudando e exercitando meu ofício. Minha formação durante muito tempo foi informal e conquistada em cursos livres, em grupos de teatro amador e por autodidatismo. Mas sempre uma experiência calcada em muito estudo,prática, dedicaçao e disciplina.

A profissionalização fui buscar em 2003. Em 2006 me formei atriz e de lá para cá trabalho em meus projetos pessoais e autorais que envolvem teatro físico, flamenco e dança teatro. 

A dança em particular o flamenco, sempre foi a base para meu trabalho corporal de atriz. É a modalidade de dança que escolhi para minha preparação corporal  de ator para a cena. 

O flamenco tem  me dado sensibilidade, concentração, coordenção, resistência física e muscular, energia e movimento plástico para a cena. E não pretendo abandonar o flamenco. Sempre será minha disicplina corporal para manter meu corpo afinado para atuar e dançar.